Se viene la noche. La justicia puede caer como una gota china en las cabezas de Bartolomé Mitre y de Héctor Magnetto. Ambos saben que así como se sentaron en el banquillo de los acusados los militares genocidas, ahora es el turno de los civiles. Tarde o temprano van a tener que declarar sobre cómo se apropiaron de la empresa Papel Prensa a punta de picana. Eso los vuelve locos.
Los poderosos empresarios, ora impunes, ora soberbios, sospechan que se acaba el viaje de negocios y confabulaciones. El gobierno nacional indómito peronista populista seguirá gobernando para las mayorías, a resguardo de sus influjos corporativos, sus presiones, sus componendas e intrigas premium.
Bartolomé Mitre, con sus declaraciones a la revista semanal brasileña (de derecha) Veja, nos está faltando el respeto a todos, a 12 millones de argentinos que votamos por Cristina, y a muchos más que queremos y defendemos esta democracia inclusiva que se está sacando de encima la mochila neoliberal que quieren conservar los caceroleros del 8N.
ARGENTINA — Bartolomé Mitre, dono do jornal independente “La Nación”:
“Vivemos uma ditadura com votos. A Argentina está imitando a Venezuela”
(...)
─Por que os argentinos ainda não abandonaram o peronismo?
A verdade é que este governo não é realmente peronista. O peronismo autêntico é o inspirado em Juan Domingo Perón, em que as massas seguem o seu líder querido. A figura de Perón desapareceu do atual governo. Cristina fala como se fosse a mulher de Perón, Evita (1919-1952).
Não consigo compreender muito bem a mente de Cristina, mas é evidente que com isso ela busca apoio popular. O kirchnerismo é praticamente um partido à parte. Suas políticas, chamadas pelos apoiadores de “o modelo”, são uma versão espantosa do populismo, que abrange tanto a direita quanto a esquerda. Mas não existem muitos argentinos contentes com o tal “modelo”.
─A Argentina, a exemplo da Venezuela, caminha para uma ditadura?
Algumas pessoas no país podem viajar e comprar dólares, enquanto outras nada têm e não podem sair do país nas férias. Além disso, as múltiplas táticas para calar os opositores quase acabaram com a dissidência política. Essencialmente, vivemos uma ditadura de votos. É a pior de todas. A Argentina está imitando a Venezuela.
Hugo Chávez e essa mulher venceram as últimas eleições presidenciais com a mesma porcentagem de votos, 54%. A origem do poder dos dois, portanto, é legítima. Mas as constituições e as leis estão sendo violadas e alteradas inescrupulosamente em seus mandatos.
Alguns anos atrás, dizia-se que o que ocorria na Venezuela um dia se repetiria na Argentina. A previsão se confirmou. Embora Cristina não seja carismática como Chávez, a política é a mesma.
─Não há democracia na Argentina?
Cristina usa o argumento da democracia a seu favor, mas não passa de uma farsa. O governo viola a liberdade de expressão. No Congresso, faz o que bem entende. Nem o governo de Perón e a ditadura militar foram tão longe. Tudo parece nascer de Cristina.
O governo não respeita a Corte Suprema ou os juízes. Nas últimas semanas, a Casa Rosada tratou de intimidar todos os magistrados que tentaram avaliar as arremetidas oficiais contra o Clarín. Três deles já recusaram o caso ou foram impedidos de assumi-lo. A Justiça está totalmente debilitada.
─Os argentinos são considerados cultos e politizados. Por que deixam isso acontecer?
A Argentina não é mais um país culto. Nada tem sido feito pelo ensino ultimamente. Sempre foi do gosto dos ditadores retirar das pessoas o acesso à informação e ao espírito crítico. Com isso, eles ganham mais votos e se perpetuam no poder. Há no país uma elite que pensa de uma maneira e uma classe baixa que não se informa, não escuta, não toma consciência e segue a presidente. Quanto menos cultura, mais votos Cristina consegue...
Un golpista hecho y derecho, don Bartolomé, de pensamiento, palabra, obra y omisión...
La cárcel lo espera. Los delitos de lesa humanidad no prescriben.
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